Nosso reencontro , agora, é em "Evolução em Dois Mundos", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelo espírito de André Luiz. Mais uma vez convidamos os amigos para o estudo e discussão desta obra magnífica, que publicada em 1958, antecipou em algumas décadas o que a Ciência Moderna dia-a-dia tem ratificado.

Simplesmente fantástico e imperdível!

Daí nosso convite : Vamos conversar sobre Espiritismo ?

INÍCIO DO ESTUDO : 19 de janeiro de 2012.

Queridos amigos !


Ao longo do nosso último estudo, "Ação e Reação", tivemos a oportunidade de desenvolver discussões amplas sobre os mais diversos temas oferecidos de forma didática e às vezes subjetiva, por André Luiz, Druso, Sânzio e Silas. Todas as quintas-feiras, dia de trabalhos intensos, receberam um toque especial à partir destes estudos. Em cada tema desenvolvido, uma " lente de aumento" nos era colocada sobre os assuntos e as palavras reverberavam em nossos íntimos, numa espécie de "deja vu" misturado com um "je n'ai pas vu", que em seguida, após os estudos, já nos trabalhos, cristalizavam-se em "manifestações", numa demonstração inequívoca do sincronismo planejado e da "assistência maior" dos nossos amparadores, orientadores, coordenadores, mentores, como queiramos chamá-los. Amigos espirituais!

O ano passou célere e estamos prestes a iniciar o estudo de mais uma obra magnífica de Chico Xavier e Waldo Vieira.

Parafraseando nosso querido Ronaldo :" leiam André Luiz ; estudem André Luiz !".

Pois bem. Está lançado o nosso novo desafio !

E a característica deste livro é justamente a síntese, o que nos obrigará a alterar o tipo de postagens deste blog que era o resumo e comentário dos capítulos, para a ampliação e aprofundamento a cada tema, a cada capítulo.

E para começarmos, que tal nos prepararmos para este início e lermos algo sobre Física Quântica ?

O artigo "DA FÍSICA QUÂNTICA À ESPIRITUALIDADE", escrito por Gilson Freire e Mauro Ivan Salgado, é parte do livro" Saúde e Espiritualidade" publicado pela Editora Inede em novembro de 2008 e, com a autorização de Gilson Freire, eu o transcrevi. Leiam na íntegra ! Vejam também um depoimento do DR. HERNANI GUIMARÃES ANDRADE, falando sobre física quântica.

Abraços a todos e até lá !

Samir


E.mail : samir@laboratórioibac.com.br

segunda-feira, 28 de julho de 2025

CAPÍTULO 10 - Palavra e responsabilidade

Linguagem animal


Cada aperfeiçoamento do cérebro , faz surgir alternativas novas e novos desafios para o espírito em evolução. Dentre estes novos impulsos, sem dúvida,  a comunicação apresenta-se como elemento fundamental na esteira do desenvolvimento de todos os animais, e mais ainda no ser humano.
Sinais, silvos, assobios, pios, coaxar, mimetismo, estes alguns dos instrumentos de comunicação entre os animais.
Na medida da sua evolução o espírito ganha novos instrumentos e novos meios de comunicação.
Fácil notarmos em toda natureza animal as mais diversas formas de comunicação e nas mais diversas circunstâncias.
Cada animal se expressa de uma determinada forma quando em perigo, quando acuado,  
 quando em época de acasalamento, ou para juntar-se com indivíduos da mesma espécie, grupo ou bando. 
Assim se comportam desde os pequenos mamíferos, répteis, anfíbios e aves.


Intervenções espirituais

Para que todo este progresso pudesse se concretizar, longos e longos períodos na espiritualidade foram consumidos para que todo o sistema de fonação pudesse ser minuciosamente criado e aperfeiçoado pelos arquitetos espirituais, e em sucessivas experiências na carne este sistema pudesse efetivamente se consolidar. 
Desta maneira toda esta região do pescoço foi habilmente moldada em sua anatomia, conjugando o aparelho respiratório e o digestório, bem como os processos de deglutição e respiração.




Mecanismo da palavra









No refinamento destas estruturas, com a formação das cordas vocais, vem a comunicação que a princípio se fazia de forma grosseira e por sons guturais, passando aos poucos a ganhar em conteúdo expressi- vidade,  permitindo  a articulação de palavras.
  

Linguagem convencional

À partir de todo este progresso físico e fisiológico,  a utilização mais inteligente da fala foi uma questão de tempo.Com o amparo da Espiritualidade Maior, o esforço para se comunicar através de gestos e mímicas culmina com o ensaio dos primeiros sons e primeiros rudimentos de palavra.
O acúmulo de energias psíquicas, que se extravasam sob a forma de impulsos eletromagnéticos concentram-se, de maneira direcionada, nos orgãos e estruturas responsáveis pela emissão dos sons, condicionando-os de tal modo, a que mais tarde viessem a se transformar na expressão daquilo que viria a ser  linguagem falada.

Pensamento contínuo

Com a comunicação ampliada a mente recebe um impulso extraordinário permitindo maior e melhor contato com os seus semelhantes e isso os alimenta mutuamente. Com o auxílio permanente dos Irmãos Maiores  o despertar da responsabilidade vai acontecendo.
A comunicação constante e mais rápida induz o cérebro a estabelecer em si mesmo o pensamento contínuo. Do mesmo modo os primeiros rudimentos de consciência vão sendo estimulados por meio de idéias-relâmpagos ou idéias-fragmentos (flashes/insights), criando conceitos, idéias, desejos.
Aos poucos essas condições de pensamento contínuo provocam, ainda que discretamente a meditação
 e a consequente possibilidade de exposição de suas idéias.
Durante o sono físico recebe aos poucos as orientações de cunho moral dos Instrutores Maiores.


Luta evolutiva

As dificuldades próprias do ambiente hostil desperta o instinto de sobrevivência, matar para não morrer e proteger a sua prole desperta o amor-egoísmo, neste instante, fundamental para a sua manutenção e de seus.
Os instintos animais passam a ser objeto de questionamento íntimo, Sua solidão diante de tão imenso desafio o faz refletir. A vida passa a ter um sentido moral ampliado.
Sua impotência diante dos elementos da natureza, o Sol a Lua, o faz pensar na existência de algo  com uma força superior. As certezas do dia e os mistérios e perigos da noite. Seus embates íntimos o fazem lutar ferozmente pela manutenção da família, da mesma forma que vê nos outros este mesmo empenho.  

Nascimento da responsabilidade

Diante de tantas dificuldades, muitas delas insuperáveis como por exemplo a morte de seus  familiares e pessoas amadas, reforçam em sua mente cheia de dúvidas a idéia da existência de Deus e sua impotência diante Dele. Aumentam a sua responsabilidade e seu grau de consciência.
Nascem, então,  a religião, pelo sentimento intuitivo de Deus; a filosofia pelos seus questionamentos e indagações ; a ciência pela experimentação;  o Amor puro pela solidariedade; as artes  e as indústrias pelo de conforto e beleza. 


CAPÍTULO 11 - Existência da alma

Evolução morfológica e moral

Morfologia e moralidade agora andam praticamente juntas. Todo o conjunto físico apresentava sinais de refinamento importantíssimos. O crânio passa a comportar um cérebro cada vez mais complexo e com maior volume. O tato e todos os sentidos bem como todo aparato esquelético o faz melhorar em performance, percepção e sensibilidade. Em pé,  já pode percorrer distâncias maiores em busca de alimentos ou ambientes menos hostis.
Compelido a exercer a responsabilidade, distanciado da influência mais direta dos Benfeitores Espirituais, busca esta mesma espiritualidade de diversas formas.
Com o exercício mais frequente da mentalização, desprende-se do corpo físico, durante o sono com mais facilidade e conecta-se com as orientações superiores.
Agigantado  pelo amor, diferencia-se dos demais animais com quem dividia espaços,  e passa  a  ver a
própria  existência com outros olhos.


Noção de direito

Uma vez mais o egoísmo é utilizado de forma positiva quando ele procura manter-se domínio do seu território e proteção de seus descendentes. Percebendo então os seus semelhantes praticando o mesmo que ele e, portanto, com os mesmos sentimentos e direitos dele, desiste da posse do que não lhe pertence dando ensejo ao surgimento das primeiras noções do direito.

Consciência desperta

A noção de sua presença no planeta ganha novos aspectos. Pensa ele agora em permanecer mais fixo nas moradias, até como consequência da questão da posse.
Por outro lado, crescendo em consciência cresce o seu contato com o Plano Espiritual que o faz ampliar sua visão sob o prisma da lei de Ação e Reação, ou seja,  seu cabedal moral cresce na medida em que cresce sua responsabilidade e consciência de não fazer aos outros o que não quer para si.
Amplia-se também sua "noção do espiritual" como resultado das repetidas experiências acumuladas  nas reencarnações e nos períodos de preparação no plano espiritual.

A larva e a criança

Neste ítem André Luiz faz uma comparação entre o nascimento e  desenvolvimento de insetos de metamorfose integral e suas fases e o homem, desde o seu nascimento, suas fases da vida e sua transferência para o mundo espiritual por ocasião do seu desencarne.
Mostra como um e outro dependem da matéria para o seu desenvolvimento físico.


Metamorfose do inseto

O inseto passa por diversas transformações até chegar à fase adulta, modificando-se de vez na fase de pupa. Durante este período de transformação vai diminuindo gradativamente sua atividade e para de se alimentar permanecendo assim inativa por período de tempo variável.
Em processo de despojamento das vestes físicas feita de forma lenta, (processo natural e não interrompido de forma abrupta), o inseto enovelado em em fios  por ele mesmo produzidos, fixando-se ao solo ou a alguma planta sofre o processo de histólise de seus orgãos, tecidos e celulas, com estas ultimas involuindo e perdendo sua especialização. Simultaneamente, pela histogênese, estas mesmas celulas e  tecidos sofrem metamorfose   ,  ate que todo este processo de transformaçao ocorra, culminado com a eclosão do inseto transformado: a borboleta. 


Histogênese espiritual

 A criatura humana, desde a infância ate a fase adulta, apesar das etapas de renovação interior, não modifica a sua forma exterior, o que só ocorre de forma acentuada por ocasião da velhice e ou de doença.
Neste período a morte celular afeta diretamente o corpo espiritual,  principalmente os músculos e o aparelho digestório. Desta forma, perdendo em parte suas funções especializadas, as células perdem- temporariamente, suas funções mais especializadas, para atenderem  as necessidades do corpo espiritual que atua intensamente através do pensamento.   
Deste modo, o homem  sofre  um declínio nas suas atividades fisiológicas e envelhecimento celular , permanecendo neste  período a maior parte do tempo deitado.Já não se alimenta normalmente e aos poucos, num processo de cadaverização, vai neste período"enovelando-se nos fios " das  energias tecidas pelo seu próprio pensamento, onde revela-se toda a sua trajetória na encarnação que esta prestes a findar-se, impressionando com mais força o seu perispírito, finalizando  desta forma a preparação de sua matriz para o mundo espiritual que o aguarda. 



Desencarnação do Espírito

 Assim , "completamente" desencarnado, o espírito abandona o corpo de carne de que se serviu até então.  Durante esta fase demonstra-se fundamental o teor dos pensamentos no qual enovelou-se neste derradeiro período de encarnado, reflexo de todo o conteúdo de seu comportamento em vida, fator fundamental no peso específico então adquirido pelo seu novo veículo de manifestação: o perispírito. Cabe aqui um detalhamento no que diz respeito à questão da alimentação. O aparelho bucal permanece inalterado no perispirito, porém, novos elementos se estabelecem para atender as necessidades alimentares mais fluídicas agora. Na realidade, estes dispositivos, radículas, antenas ou trompas , também existem nos veículos de manifestação material, identificáveis na aura,  e são responsáveis pela assimilação ou repulsão de todo o tipo de emanação energética do mundo material.
                         



Continuação da existência

Desta forma não ocorre a perda da personalidade,  de encarnado à desencarnado, mesmo após a metamorfose imposta pela morte física.
Fica patente, assim o princípio da colheita segundo a semeadura. O que se planta no corpo físico, colhe-se no perispírito em peso ou em leveza segundo o conteúdo moral acumulado.

CAPÍTULO 12 - Alma e desencarnação

Metamorfose e desencarnação


Traçando simples comparação com os insetos, André Luiz nos chama a atenção para a grande diversidade de formas de desenvolvimento que possuem os insetos,  como cada uma delas atinge o estágio pleno  e nos expõe para análise mais profunda a questão da transfiguração  em seu roteiro de vida.
Nos mamíferos superiores, mais de perto ligados ao homem, ao desencarnarem permanecem ainda conectados  aos companheiros com os quais convivia, por não possuírem pensamento contínuo, fator primordial para a "criação" e manutenção da nova forma.
Nestes casos a histogênese espiritual ocorre sem o concurso ativo do pensamento posto que encontram-se desprovidos da consciência que poderia repercutir na elaboração do perispírito.
Assim permanecem por período curto no  plano extra-físico, salvo quando não se fazem úteis pela Espiritualidade,  reencarnando quase que imediatamente, atraídos magneticamente pela própria família ou  famílias com as quais se sintonizam.



Além da histogênese

O princípio inteligente avança de experiência em experiência, estagiando nos dois planos , acumulando conhecimento sob a orientação dos Amigos Superiores. Tendo iniciado esta trajetória nos seres mais simples, avança junto ao homem infra-primitivo, que tem dificuldades em compreender o fenômeno da morte e a grandiosidade do mundo espiritual.
Por outro lado, o pensamento contínuo o faze evoluir de forma contínua e estável, contribuindo para a sua metamorfose. No plano extra-físico as idéias consistentes, contando com o reforço da vontade, permitem de algum modo sua  interferência  para além da histogênese.
No fenômeno da morte, ao esgotarem-se as energias vitais do corpo físico, agora inútil,  tais energias são  assimiladas pelas células do perispírito. Processa-se então automaticamente o desligamento, somado à interferência mental.


O selvagem desencarnado

Sem conseguir compreender com clareza, o selvagem acostumado a usar a força e a a astúcia para se fazer predominar diante dos seus e dos seres que lhes servem de escravos, ao desencarnar permanece próximo aos seus, absorvendo e cedendo energias , até que novo retorno ocorra. Sua bagagem espiritual ainda é escassa. Suas visões do plano extra-físico, de certo modo o assustam e os seres extra -terrestres com os quais se defronta os fazem pensar estar em contato com deuses, e assim sua mente aos poucos acumula experiências. 
Por afinidade e sintonia seu tedesejo é retornar ao convívio dos seus.

Monoideísmo e reencarnação

Este desejo constante, repetido e intenso de renascer na taba é o que prevalece.
Estabelece-se o monoideísmo enquanto outros desejos são inibidos. Com todos os desejos voltados para a mente os demais orgãos do corpo espiritual inibem-se ou mesmo atrofiam-se. Deste modo,  pelo processo de auto-hipnotismo, ele perde seu corpo espiritual, transformando-se  num corpo ovóide, guardando consigo, porém, todos os princípios da Criação Divina . 
Todo o potencial restringe-se ao corpo mental à semelhança da semente que carrega a futura árvore robusta ou o ovo que tem em si a ave poderosa. 


Forma carnal

Semelhantemente ao ovo que necessita do calor e da semente que exige condições próprias para germinar, os espíritos desencarnados necessitam do vaso genésico feminino onde possam, por afinidade e sob a lei da herança (bagagem de todas as suas experiências) se aglutinar mecanicamente e assim ressurgir no mundo físico . Aproveitando o material genético surgido com a união das células masculinas e femininas, o novo corpo físico vai sofrendo as imposições da mente desencarnada, bagagem de suas experiências pretéritas, reaproveitadas em próximas reencarnações.


Desencarnação natural



Vasto campo de experiências e progresso  representam as encarnações e desencarnações sucessivas, vivenciando a formação e decomposição do corpo físico.  Segundo suas conquistas ou frustrações estas idas e vindas protagonizadas pelo espírito em rápidas ou demoradas pausas no plano espiritual, com a ajuda fundamental do corpo uterino, vive os processos de histólise e histogênese, em vasto processo de condicionamento e automatismo, usando cada vez mais, nos animais superiores, a inteligência.


Revisão das experiências

A cada reencarnação recapitula as experiências anteriores bem como  cada "morte" faz com que a criatura se familiarize  com o plano extra-físico.  Durante o coma ou durante a cadaverização do corpo físico, em minutos ou longas horas, passa a consciência pelo processo retrospectivo de sua vida física recém-finda em processo de histogênese espiritual. Este é, sem dúvida alguma, um processo de reimpressões magnéticas a que são submetidas as células, tanto num como noutro caso.
Vale lembrar as EQMs (Experiências de Quase morte) onde tais relatos de "visão panorâmica" ou "síntese mental" são amplamente explicados.

  

Lei de causa e efeito

Assim, o despertar lento e gradual do homem, encaminhando-o para a conscientização e responsabilidade o poe face-a-face com a lei de causa e efeito.
Pela sintonia encontra-se ele com outros espíritos também sofredores e desditosos, em quadros profundamente deprimentes.
Nestas províncias de sofrimento, passados os processos de remorso e arrependimento, encontram pelas mãos de Divinos Socorristas, meios de abnegação e renúncia para empreenderem novos rumos à libertação de suas mentes em direção ao Bem Supremo.

CAPÍTULO 13 - Alma e fluidos

Fluidos em geral

Todas as experiências acumuladas pela consciência no campo extra-físico, aperfeiçoam-se nos processos de mentação e reflexão sob o comando do pensamento. E é sob o comando ativo do pensamento que os fluidos de variadas procedências e natureza atuam.
O fluido, segundo André Luiz, "é um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção ou separando-se quando entregues a si mesmas." 



 Fluido vivo

 Os seres desencarnados lidam com um tipo de fluido, sub-produto do FCU (Fluido Cósmico Universal) , vivo e multiforme, abundante, que nos é dado ininterruptamente e que é absorvido pela mente humana, num processo de absorção, assimilação, vitalização e doação, influenciando  o mecanismo de Criação em si mesmo.
O próprio pensamento contínuo é o fluido e ao mesmo tempo o gerador desta energia.
A matéria, aí no campo extra-físico apresenta nova forma vibracional e portanto nova forma de "manipulação".  A conhecida tabela periódica também ja não é a mesma. Novos elementos novas combinações.
Devemos entender que  no campo material o solo guarda todas as potencialidades e toda a essência do que nasce, vive e se multiplica não por acaso mas, por uma força consciente, enquanto no plano espiritual, analogamente, a alma amplia suas potencialidades rumo à Grande Luz.

 Vida na Espiritualidade

A contagem do tempo em dias e noites, a força da gravidade são regidas pelas mesmas leis da materialidade. Já o clima é mais homogêneo e estável, segundo André Luiz.
Animais domesticados passam por períodos determinados de aprimoramento.
As plantas tem aí sua reprodução limitada e são pouco exigentes em sua manutenção.
Por toda extensão do Planeta, com aspectos da paisagem tais quais as vemos no mundo material, as povoações se estendem dos continentes aos leitos oceânicos, mais ou menos afeitos à luz, de acordo com seus padrões de maior ou menor felicidade


Esferas espirituais

Estas, explica André Luiz, são subdivididas não em relação ao espaço, mas sim, em relação às condições.
As camadas da Terra estão diretamente relacionadas com a habitabilidade
Em nosso planeta, a crosta sólida e que  na sua maior parte é coberta pela camada líquida dos oceanos é a mais fina, com a espessura variável em torno de cinquenta quilômetros.
"Desde a barisfera à ionosfera, múltiplos círculos de força e atividade na terra, na água e no ar, tanto quanto nos continentes identificamos as esferas de civilização e nas civilizações as esferas de classe, a se totalizarem numa só faixa de espaço".

Centros encefálicos

Progredindo  de reencarnação em reencarnação, indo e vindo entre os planos material e extrafísico, sob a orientação dos Dirigentes Divinos, os meios de conexão com as esferas superiores são aperfeiçoados gradualmente com o despertar da responsabilidade.
Para promover tais conexões são sincronizados o centro coronário do corpo sutil com o centro cerebral do corpo físico. 
Todo o governo espiritual é transmitido ao corpo pelo centro cotonário através do diencéfalo que através do tálamo espalha estes fluidos sutis da mente que estimulam o córtex na produção de uma química cerebral própria que é transmitida em seguida para todo o corpo.

Reflexão da idéias

A partícula do pensamento, imponderável ainda para nós, pode ser classificada por seu teor de qualidade, intensidade, comportamento e trajetória. Pode ser direcionada para o bem ou para o mal, passível de acumulação, pode ainda ser gravitante, libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante,vivificador ou mortífero de acordo com o sentimento que o configura e o tipifica.
Mentes sintonizadas, assim, podem trocar idéias, imagens, sentimentos, e em tempos pregressos, noções de civilização entre os Espíritos Superiores e os tutelados encarnados em processo de iniciação.

Inteligência artesanal

Desta maneira à cada filtragem que a vida espiritual propõe ao espírito ainda bruto, desprezando o que é inútil e aperfeiçoando e ideando o que será aproveitável ao seu progresso e dos seus pares,
a Espiritualidade Superior vai sugerindo novos inventos e meios de lhe facilitar a vida, potencializando as aptidões de suas mãos, punhos, braços e pés através de arpões, anzóis e a roda.

Plasma criador da mente

Novos hábitos podem ser empreendidos com a mais direta compreensão das mensagens Superiores, refletindo no veículo físico que também vai deste modo desembrutecendo.
Em termos de resposta mental, a reflexão continuada entre o Céu e a Terra permite ao homem construir e desconstruir numerosas civilizações, no tão esperado aperfeiçoamento aos verdadeiros atributos de Humanidade.











CAPÍTULO 14 - Simbiose Espiritual

Sustento do princípio inteligente

O princípio inteligente vai se aperfeiçoando a cada visita ao mundo espiritual através de impulsos mentais. Vai burilando em si mesmo os meios de auto-sustento.
Nas plantas a clorofila e a fotossíntese vão trabalhando a seu próprio favor e a favor da natureza. Bactérias trabalhando a quimiossíntese através da oxidação mineral. Nos seres superiores amplia-se o regime de biossíntese. Anabolismo e catabolismo se harmonizam no haurir de energias para o sustento e equilíbrio orgânico das células.

Início da "mentossíntese"

Irradiação de suas idéias  e assimilação de idéias alheias, nisto consiste o que André Luiz chama de "mentossíntese". O que era apenas instinto passa a ser atitude consciente de busca por alimento.
O que era atrativo genésico esporádico converte-se em atração afetiva consciente.
Amor e egoísmo transitam pela mente em progresso, com a posse da vontade consciente.
A morte física passa a ser aflitiva para o espírito mais consciente, posto que, lúcido em pensamento contínuo, vê interrompida a sua experiência afetiva. A morte não só interrompe esta experiência como também o obriga a uma ocultação temporária em relação aos seus.
O juízo de valores passa a pesar em suas caminhadas. Bem e mal, alegria e decepção, agora tem um peso relevante em seus cometimentos na carne.
A cada desencarne, se vê preso às sensações e afinidades que lhe adornavam à paisagem doméstica e comumente o fazem manter-se ainda preso à estas sensações.

Simbiose útil

Cogumelos e algas, vivem em processo simbiótico e promovem simultaneamente doação e absorção de elementos nutritivos, além de meio de proteção. 
A ciência estudou e comprovou que certas espécies de  plantas, sem este tipo de simbiose, demonstram desenvolvimento frágil e precário  

Simbiose exploradora

Em outros tipos de associação em plantas, demonstra-se claramente o prejuízo de uma das partes.
Certos tipos de orquídeas, quando têm suas raízes invadidas por cogumelos, tentam se adaptar, mas , muitas vezes, acabam morrendo pelo desequilíbrio desta relação. 
Desta forma a tal simbiose é considerada como sendo parasitismo.

Simbiose das mentes

Mentes desencarnadas inseguras quanto ao novo panorama a que são submetidas protagonizam tais fenômenos.
Buscam nos familiares, nele ainda sintonizados, a receptividade e segurança desejadas.
Projetam de seus corpos espirituais radículas que se infiltram no perispírito dos encarnados  sugando-lhes e irradiando-lhes as suas energias , às vezes por largo espaço de tempo, o que é repetido também pelo ser encarnado,  caracterizando assim o processo de simbiose.
De certa forma esta relação representa proteção para o espírito desencarnado, que neste período se vê amparado energeticamente pelo encarnado, o que impede a atuação de entidades assaltantes. Não obstante, outras relações, porém, impõem ao encarnado desavisado ou menos informado, temerosos de perderem o contato com seus familiares desencarnados,  modos estranhos de relacionamento com a espiritualidade através de rituais costumes com a promessa de vantagens e privilégios.

Histeria e psiconeurose

Se tais relações entre encarnados e desencarnados se circunscrevessem a mera troca equilibrada de energias ou ainda que com certa quota de descompensação,  os problemas  poderiam ser contornados. No entanto, moléstias nervosas complexas estão igualmente associadas a esses fenômenos. Manifestações epileptiformes ocorrem , no mais das, vezes sem qualquer  perda de consciência, equivalendo assim ao transe mediúnico, onde a entidade desencarnada se aproveita de estados emotivos mais  profundos para intensificar sua influência. De outra parte, diversas psiconeuroses de difíceis diagnósticos, estão também associadas a estes fenômenos.
Já em outros casos, o entrosamento psíquico entre encarnado/ hospedeiro e desencarnado se fortalece de tal modo, que o desencarnado além de haurir os elementos de que necessita no hospedeiro, passa também a produzi-los em si mesmo, estimulado por estas energias. Além disso impõem ao encarnado suas idéias e pensamentos através do centro coronário e o hospedeiro passa então a acatá-las como sendo suas.

Outros processos simbióticos

Quando porém o desencarnado nutre pelo hospedeiro sentimentos infelizes de ódio e vingança, a situação se torna extremamente grave com influências destrutivas e perturbações extremas ligadas ao vampirismo, que veremos no próximo capítulo.


Ancianidade da simbiose espiritual

A simbiose espiritual existe desde as mais remotas eras em processos diversos de mediunismo, consciente ou inconsciente, por influência de desencarnados traumatizados ou ignorantes, fracos ou indecisos. Vale lembrar que os encarnados também são responsáveis para que, através de seu empenho em estudar e progredir, transmitam ideias positivas a estes espíritos, impulsionando-os também ao progresso.  


CAPÍTULO 15 - Vampirismo espiritual

Parasitismo nos reinos inferiores

Diferentemente do que ocorre no processo de simbiose, no parasitismo uma das partes sempre leva vantagens especiais com prejuízo aviltante e vitimização da outra parte. A reação da vítima varia entre a acomodação e a inquietação, ocorrendo no entanto, à partir desta acomodação, a morte do hospedeiro espoliado. 

Ectoparasitas são aqueles que permanecem na superfície corpórea dos hospedeiros e endoparasitas aqueles de invadem e se alojam  nas reentrâncias dos hospedeiros aí permanecendo por tempo indeterminado. Há nessa relação uma espécie de acordo, embora o hospedeiro muitas vezes desconsidere os riscos e prejuízos a que se expõe.

Transformações dos parasitas

Existem  em a Natureza parasitas temporários, ocasionais ou os pseudoparasitas, estes últimos somente quando submetidos a condições de dificuldades ambientais severas. Existem ainda os permanentes em cujo ciclo biológico se faz imperiosa a presença de um hospedeiro definitivo. Nos parasitas de ciclo heteroxênico  que se utilizam de uma ou mais espécies como hospedeiros no período larval e quando adultos se utilizam de um hospedeiro definitivo. Além destas espécies de parasitas conhecemos também os hiperparasitas que são parasitas dos parasitas..

Sendo o parasitismo  uma adaptação, as modificações e novas características nas espécies e plenamente admissível.

Todo o processo de parasitismo exige do parasita longo ciclo de adaptações e mutações: redução ou expansão orgânica, desaparecimento de certos orgãos de locomoção, surgimento de estruturas que permitam a fixação e a estabilidade, adaptação dos orgãos reprodutores, resistência vital, capacidade de encistamento e respectiva segregação de recursos protetores e consequente adaptação as condições adversas de umidade, temperatura e alimentação. Ocorre ainda a modificação no sistema digestivo tanto no que diz respeito a forma de se alimentar bem como na acumulação de reservas alimentares.

Transformações dos hospedeiros 

Se há um processo severo de adaptações aos parasitas, nos hospedeiros estes mecanismos são mais importantes, complexos e traumatizantes. Espoliados, lesionados, intoxicados, submetidos à processos infecciosos acompanhados de febre e muitas vezes levados à morte em consequência de todo este ataque.

Muito embora diversos recursos imunológicos sejam postos em ação calcificando, destruindo, neutralizando os invasores,  o organismo parasitado se ressente das obliterações, obstruções, intoxicações a que são submetidos.

Neste quesito na doença de Chagas, o Trypanosoma cruzi , tem no seu ciclo biológico a participação de diversas espécies como hospedeiro intermediário, os insetos conhecidos como "bicho barbeiro" e outras tantas espécies como hospedeiros definitivos, entre eles o homem. Do intestino dos insetos para as estruturas viscerais dos hospedeiros definitivos impondo sofrimentos celulares inomináveis.

Obsessão e vampirismo

Egoísmo, crueldade, ignorância e crime são fatores vinculados desde os primeiros sinais de domínio da consciência e responsabilidade aos processos de obsessão e vampirismo. Não aceitando aos chamamentos divinos e tendo o livre arbítrio em suas escolhas os seres ao desencarnarem passaram  a não respeitar os companheiros que permaneciam encarnados, empreendendo processos de cobrança afetivas e materiais, impondo vinganças e assédios energéticos.

De outro modo, os que sofreram homicídio, perseguição  e outras violências, uma vez desencarnados, entram na faixa mental dos ofensores, sabedores que são de todas as suas faltas e anulando em princípio a possibilidade do perdão, inconformados,  buscam fazer o acerto de contas com a mesma moeda: pagar o mal com o mal.

Desta forma acomodam-se vingadores e vítimas, querendo que Deus resolva as suas contendas sem se importarem em dar um primeiro passo ao entendimento. Não vendo suas exigências atendidas passam a duvidar das Leis Universais e permanecem estacionados, numa troca constante de papéis, ora atacando, ora sendo atacados. 

"Infecções fluídicas"

A influenciação doentia que impõem aos adversários encarnados através de formas mentais monstruosas, operam perturbações capazes de levar suas vítimas à loucura. As paixões sobrecarregadas de egoísmo perverso  são levadas à efeito por meio de monoideísmo aviltante de cujo teor as vítimas não conseguem se livrar. Assim como os ectoparasitos que já vimos anteriormente, absorvem as emanações fluídicas dos encarnados com que se afinizam. Mais gravemente, outros, em pontos fracos previamente conhecidos, "injetam" através destes mesmos pontos substâncias fluídicas capazes de lhes alterarem a química mental e por conseguinte a própria  essência dos pensamentos provenientes do tálamo no diencéfalo.

Neste contexto de apropriação gradual, os escravizadores desencarnados se assenhoreiam dos comandos mentais de forma mais incisivas, expandindo o seu campo de influenciação, ampliando sua interferência na área do córtex frontal, controlando também as áreas sensíveis do centro coronário, interferindo nas funções do aparelho somático através dos sistemas simpático e parassimpático. Assim, o processo de vampirismo amplia seu espaço, estimulando nos hospedeiros os sentimentos de medo ou de guerra nervosa, estimulando em si mesmos os sentimentos de vingança e prejudicando o próprio corpo físico.


"Parasitas ovóides"

Os pensamentos repetidos e doentios, como sede de vingança e justiça "com as próprias mãos",
sentimentos estes exacerbados de apego, acompanham o indivíduo desencarnado e o impulsionam a envolver os seus perseguidos com tanta atenção,    que acabam por se auto imporem um processo de hipnose com imagens de afeto ou desagravo.
Este processo a que se auto submete o perseguidor, repetidos exaustivamente e ultrapassando limites  de tempo e de espaço, acabam por impor grandes transformações em seu próprio corpo espiritual (perispírito) , afetando suas funções e morfologia, entrando num circuito de atrofia. 
Assim transformam-se em criaturas ovóides, como em um processo de encistamento, continuando vinculados às vítimas, que acabam por aceitá-lo, permitindo a sua influenciação , em sintonia com os seus pensamentos incessantes de remorso, arrependimento, ódio ou vingança.
Cria-se assim um ambiente propício para simbiose mórbida, sintonia esta que, muitas vezes, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, de acordo com o grau de compromissos entre
credor e devedor.

"Parasitismo e reencarnação"

A relação entre vítima e verdugo nem sempre cessa com a morte e decomposição do corpo material. Neste caso, ambos se entrelaçam em pensamentos e sentimentos vibrando na mesma sintonia, ambos amargando cenários dantescos.
Por misericórdia Divina, os agentes espirituais, incumbidos de tal tarefa,  examinando atenuantes e agravantes, promoverão a reencarnação daquele que mereça tal recurso.
A mulher, que por seus débitos, abrigar esta gravidez, sofrerá assédio de forças obscuras por simbiontes capazes de influenciar o feto desde o início da gestação em seus tecidos em formação,
continuando na primeira sua infância ligada ao espírito ou espíritos "cobradores" em busca de reajustes.
Nesta mesma sequencia, na juventude segue padecendo destas influências.
Geralmente nas uniões conjugais, por amor ou por movimentos mais complexos do destino,
estes espíritos assediantes têm a oportunidade de reintegrarem-se na condição de filhos de sangue e de afetividade, obtendo assim a renúncia e a quitação do passado.
Caso o número destes perseguidores for grande, não obtendo o benefício da reencarnação poderão, muitas vezes, continuar o processo de perseguição e influenciação através das formas-pensamentos direcionados aos filhos da vítima, utilizando-os como hospedeiros intermediários, para depois alcançar os pais, hospedeiros definitivos, que são seus principais alvos.

Terapêutica do parasitismo da alma

Cabe ressaltar que todos os processos acima descritos estão ligados à lei de ação e reação, semeadura e colheita, tanto para encarnados como para desencarnados.
Em ambos os casos a terapêutica é a aplicação intensa do bem para a cura do parasitismo da alma.
As aflições vividas na encarnação vigente nos dão a noção do quanto somos devedores e o quanto precisarão, além da prática do bem, da exemplificação e serviço de amor puro para que através destes haja a renovação e reajuste.
Através desta prática atrairemos boas energias e influências para nós mesmos, além de criarmos uma atmosfera benéfica à todos que estão à nossa volta.
Estaremos assim, inspirando, exemplificando e desarmando nossos desafetos desta e de  encarnações anteriores.  
Não necessitamos aguardar o futuro, em outras reencarnações, para desfazermos nossos equívocos e desmandos e promovermos nossa ascenção moral e espiritual.
Nossa oportunidade é aqui e agora.
Devotamento ao próximo, humildade praticada e sentida, santificarão nossa prece e atrairão intervenções providenciais ao nosso bem.
Nossa transfiguração para o bem desarma os nossos adversários e os incentivam também à prática do bem.
Nossa real transformação nos conduzirá à liberdade e redenção perante Deus.



  

domingo, 27 de julho de 2025

CAPÍTULO 16 - Mecanismos da mente

Alma e corpo

É de suma importância compreendermos a alienação mental a que podem estar sujeitos a maioria dos Espíritos desencarnados por um período de tempo.
Não podemos nos esquecer da importância da harmonia entre a mente e o corpo fisiopsicossomático, tanto no plano físico como no campo extrafísico.
Corpo e Alma devem se entrosar harmoniosamente para o trabalho que a vida exige.
Alma é direção, corpo é obediência. Fica claro que cada um receberá em si mesmo, aquilo que semeou, ou seja, retira de todos os setores de sua evolução, o bem ou o mal que houver lançado em suas jornadas. 


Secção da medula

A Ciência moderna sabe da relação de importância entre o cérebro e o complexo celular do corpo.
O cérebro é a sede da mente, a conduta do corpo está subordinada à conduta do corpo espiritual e este subordinado à nossa vontade.
Qualquer seccionamento imposto à medula de um paciente resulta em paralisia de reflexos somáticos e viscerais, abaixo do ponto da secção.
Esta paralisia e insensibilidade ocorrem pela interrupção da conexão nervosa entre os tecidos orgânicos e o cérebro, antes estimulados pelo corpo espiritual. Um corte no fornecimento de força elétrica que alimenta vasta área do corpo.
Se este desligamento fosse completo, resultaria na desencarnação indivíduo.
O que ocorre porém, é que combinações fluídicas sutis permanecem  ativas entre as células físicas como também nas células espirituais, em caráter emergencial.
Isto explica o porque de pacientes amputados sentirem ainda assim dor em partes do corpo que sofreram amputação.
Na verdade os fluídos espirituais permanecem estimulando a rede nervosa simpática acima do ponto da secção.

Recuperação dos reflexos

Estes ajustes intrínsecos entre alma e corpo promovem a recuperação gradual dos reflexos.
Em condições muito especiais estes reflexos ressurgem após 24 horas.
Embora alguns reflexos como o anal e o cremasteriano não sejam perdidos, o sinal de Babinski. também acompanhados por contração dos músculos do joelho denunciam a violação do feixe piramidal denotando a ruptura da ligação das células espirituais em relação as estruturas nervosas do corpo físico.
Há algo como um curto-circuito de caráter elétrico no sistema de condução desses estímulos.
Com um passar de tempo variável em cada caso, lentamente as células do corpo espiritual voltam tanto quanto possível a impor sua energia no corpo físico.

Importância da encefalização

Nos animais com sistema nervoso mais complexo esta interrupção dos reflexos perduram mais.
Nos batráquios a ausência de reflexos perdura apenas alguns minutos,
Nos gatos a diminuição da atividade vital é maior, nos cães ainda mais. 
No chimpanzé demanda vários dias. Nos humanos em torno de sais semanas.
Como ilustração citamos a recuperação dos reflexos de extensão cruzada.
Vários experimentos demonstram que o corpo espiritual preside todas as atividades nervosas na relação como corpo físico.
Fica patente esta atividade e sua complexidade quando um maior número de neurônios é requisitada para certas atividades, bem como nos chamados reflexos inconscientes quando são utilizados um maior número de neurônios internunciais.

Descorticação animal

Nos experimentos realizados fica claro que a relação mente-corpo se torna mais profunda na medida da complexidade do sistema nervoso. 
Quanto mais simples o sistema nervoso menores as interferências no sistema reflexo.
Neste sentido, vemos as diferenças de peixes, batráquios para as aves, que sofrem modificações significativas no seu sistema reflexo, mostrando inclusive diferenças de comportamento na luz ou em ambientes escuros.
Os cães podem sobreviver além de um ano com motilidade reflexa aparentemente normal, porém apresenta alterações de comportamento e necessitando de estímulos para algumas atividades e agitação e descontrole em outras ocasiões.
Em chimpanzés, animais que possuem encefalização mais complexa, a sobrevida é menor após a descorticação a exemplo do que acontece com os seres humanos.
Não podemos nos esquecer das pessoas mutiladas que seguem sentindo integrados em seus corpos os membros que foram mutilados.

Sincronia de estímulos

Enquanto o córtex encefálico é responsável pelos núcleos reguladores dos sentidos, movimentos, reflexos e todas as manifestações nervosas do indivíduo encarnado, seu correspondente no corpo espiritual (psicossoma) e ao centro coronário localizado no diencéfalo. Através deles se manifesta o Espírito no campo mental, de forma harmônica ou desequilibrada, com repercussão nos Planos Físico e Espiritual.
Já no diencéfalo (tálamo e hipotálamo) além das mesmas manifestações do córtex são acrescidos os atributos enriquecedores ao campo sensorial, tais como a reflexão, a atenção, a análise , estudo, meditação, discernimento, memória críptica, compreensão, virtudes morais e fixações emocionais. 
Ao recebermos questionamentos e trabalho através do centro coronário conjugado ao centro cerebral, nossa força mental responde , e coloca a nossa consciência a julgar os reflexos de
nossas ações e reações, e a análise quanto aos acertos ou desacertos de nossas escolhas em todas as situações que estamos experimentando.
Todas os bloqueios a que estamos sujeitos no corpo físico terão igualmente reflexos no corpo espiritual a se manifestar no indivíduo desencarnado.

Mecanismo do monoideísmo 
                                                                                                                                                  O monoideísmo é a fixação da mente em um pensamento dominante, que pode ser uma ideia, uma emoção ou um desejo intenso.
Quando o espírito, após a morte do corpo físico, permanece concentrado exclusivamente em determinada emoção (como vingança, culpa, ódio, apego, ou paixão), ele entra num estado de desequilíbrio psíquico, perdendo contato com a realidade espiritual mais amplEsse estado pode levá-lo a zonas umbralinas, onde a mente cria imagens e ambientes compatíveis com sua fixação mental.
Em casos extremos, esse monoideísmo pode resultar em quadro de perturbação, semelhante a estados de loucura ou hipnose profundaA mente, em monoideísmo, alimenta-se da própria criação psíquica, intensificando o ciclo obsessivo.
O monoideísmo também pode afetar encarnados, levando a obsessões, ideias fixas ou desequilíbrios mentais persistentes. 
libertação dessa condição exige, geralmente, auxílio espiritual, reeducação mental, oração, amor e trabalho no bem, promovendo a mudança do foco mental para ideias construtivas.


Zonas purgatoriais

Estado energético da alma
Quando os núcleos energéticos da alma responsáveis por alegria, elevação e entendimento são obliterados, a mente desencarnada se precipita em remorso e arrependimento crônico. Esse sofrimento torna-se automático, alimentado por culpa intensa e persistente.

Criação das próprias zonas de expiação mental
O espírito, através de ciclos repetitivos de pensamento monoidéico (pensamentos fixos em culpa), cria “telas fluídicas” ou paisagens mentais de sofrimento, onde revive suas ações negativas continuamente. Esse ambiente pode durar por prazos longos ou até que haja intervenção espiritual.

Espíritos em sofrimento intenso
Especialmente no caso de suicidas e delinquentes graves, tais espíritos são prisioneiros de suas próprias criações mentais, afundando em dor, angústia e isolamento. São mantidos nesses “continentes de angústia” até que o raciocínio equilibrado e o arrependimento propiciem sua readmissão ao trabalho redentor.

Finalidade evolutiva e redenção
As zonas purgatoriais não são eternas. Sua função é expiar o fruto amargo das próprias obras até que os resíduos das culpas sejam esgotados ou ocorra intervenção caridosa divina que prepara o espírito para nova reencarnação — retomando o aprendizado prático das lições falhadas.
  

CAPÍTULO 17 - Mediunidade e corpo espiritual

Aura Humana

Toda célula viva emana radiações que se articulam em sinergia para formar um “tecido de força” ao redor do corpo físico – um campo energético que envolve e interpenetra o indivíduo. 

Esse campo é intensificado no ser humano pelos pensamentos contínuos, gerando um corpo vital ou duplo etéreo que reflete e envolve a personalidade. 

A aura é singular em cada pessoa — uma espécie de campo ovoide, irregular — e atua como um espelho vivo dos estados da alma, exibindo pensamentos e emoções por meio de cores e imagens dinâmicas, que mudam a cada nova ideação. 

Segundo André Luiz, trata-se de uma “fotosfera psíquica”, onde o pensamento projeta formas e vibrações que ilustram nossos objetivos e intenções, sejam elas elevadas ou degradantes. 
              
A aura serve como uma plataforma permanente de comunicação, que nos conecta com outras mentes e com o plano espiritual. 

Através dela, somos percebidos por espíritos superiores, amigos espirituais, ou até mesmo por espíritos em desarmonia moral. 

Esse intercâmbio mental-inconsciente iniciou o fenômeno da mediunidade: a sintonia entre auras semelhantes atrai espíritos com afinidades de propósito e energia, criando tanto oportunidade para auxílio espiritual quanto risco de obsessão, conforme a natureza mental do indivíduo.


Mediunidade inicial 


A aura humana é a plataforma energética sutil que nos envolve e atua como uma interface constante com os Espíritos desencarnados e com outras consciências espirituais. Ela reflete nossos pensamentos, emoções e intenções, e molda o tipo de afinidade que atraímos. 

A mediunidade se inicia de forma espontânea, ainda sem consciência clara, através dessa aura‑vínculo que estabelece contato mental entre encarnados e desencarnados. Esse intercâmbio fluídico é consequência natural da sintonia mental e vibracional entre as mentes 

No início da história humana, as manifestações mediúnicas ocorreram sem organização doutrinária. Espíritos elevados sentiram-se naturalmente atraídos por mentes afinadas, enquanto mentes rebeldes atraíam entidades menos evoluídas. Surgiram, assim, polos de encontro entre a luz e a sombra no plano terreno. 

A intuição era o primeiro modo de comunicação entre encarnados e desencarnados, funcionando como uma telementação mental distante análoga ao uso moderno de rádio ou televisão — um preâmbulo dos fenômenos mediúnicos mais sistematizados 

Pelo entrelaçamento dos pensamentos — frequência, direção, natureza e propósito —, mentes semelhantes se agrupavam, formando núcleos de progresso ou, alternativamente, entranhamentos de obsessões e enfermidades mentais. Esses grupos favoráveis facilitavam o intercâmbio educativo; os menos conscientes, desencadeavam influências perturbadoras.

Sono e desprendimento

Neste item, André Luiz explica que durante o sono, o espírito se afasta parcialmente do corpo físico, entrando em um estado de desprendimento natural. Esse fenômeno ocorre porque, durante o repouso do corpo, o espírito mantém sua atividade, se projetando no plano espiritual, de acordo com seu nível evolutivo, interesses, desejos e hábitos.

O sono, portanto, não é uma suspensão da vida, mas uma oportunidade para que o espírito:

Interaja com entidades espirituais.

Aprofunde estudos e aprendizagens no plano espiritual;

Reforce compromissos espirituais, se estiver sintonizado com o bem;

Ou, negativamente, reviva vícios e tendências inferiores, caso sua sintonia seja desordenada.

O texto também destaca que, para muitos, o sono é uma libertação temporária, oferecendo momentos de paz e contato com mentores espirituais. Para outros, no entanto, pode ser um mergulho em zonas perturbadas, pela afinidade com pensamentos e ações desequilibradas.

O corpo espiritual (perispírito) se projeta para fora do corpo físico, ainda ligado por um laço fluídico (o chamado cordão de prata), que se rompe apenas com a morte. Durante esse desprendimento, há uma suspensão parcial das funções sensoriais, mas a mente continua ativa.

Por fim, o item reforça a importância da vigilância moral, da prece antes do repouso, e da busca por uma vida equilibrada, para que o sono se transforme em momento de elevação e regeneração espiritual, e não de queda ou estagnação.


Aspectos do desprendimento

Neste item, André Luiz aborda o processo do desprendimento do espírito no momento da morte do corpo físico, analisando seus diferentes aspectos e condicionamentos. Ele descreve que o desligamento do espírito varia conforme o grau de evolução moral e espiritual do indivíduo, seu padrão mental e suas ligações com o mundo material.

Vínculos mentais e emocionais

O estado mental do desencarnante influencia diretamente a facilidade ou dificuldade do desprendimento.

Espíritos mais apegados à matéria, aos bens, ou com sentimentos de culpa, medo e remorso tendem a ter desligamento mais difícil e doloroso.Já os espíritos mais elevados, com consciência tranquila e desapego, experimentam o desprendimento de forma serena e rápida.

Atuação dos centros de força (chakras)

O processo de desligamento envolve a desconexão progressiva dos centros vitais (chakras) que unem o perispírito ao corpo físico.

A região do plexo solar e do cérebro são áreas particularmente sensíveis durante esse processo.

Importância da preparação espiritual

A preparação espiritual ao longo da vida, por meio da prática do bem, da prece, do autoconhecimento e do desapego, contribui para um desprendimento mais harmonioso.

O amparo de espíritos benfeitores também é decisivo, especialmente quando o desencarnante é merecedor dessa assistência.

Desligamento não é instantâneo

Em muitos casos, o desligamento do perispírito não ocorre imediatamente após a morte biológica.

Há situações em que o espírito permanece em estado de perturbação ou ainda preso ao corpo físico, o que pode gerar sofrimento e confusão temporária.

Mediunidade espontânea

Neste trecho, André Luiz descreve a ediunidade espontânea como a capacidade mediúnica que se manifesta sem preparo consciente ou estudo prévio por parte do médium. Ou seja, trata-se da mediunidade que irrompe naturalmente, como uma aptidão inata do espírito, trazida de experiências reencarnatórias anteriores.

Principais ideias:

Mediunidade é inerente ao ser humano, em diferentes graus, sendo uma função natural da alma.

A Mediunidade espontânea pode surgir na infância, juventude ou maturidade, de acordo com o plano reencarnatório e as necessidades evolutivas do espírito.

Essa manifestação espontânea pode ser benéfica, quando bem conduzida, ou problemática, se o médium não buscar disciplina moral, esclarecimento e equilíbrio emocional.

Espíritos com débitos cármicos ou compromissos espirituais frequentemente renascem com esse tipo de mediunidade, a fim de se reajustarem e contribuírem com o bem.

O capítulo ressalta a importância do estudo, da evangelização e do serviço ao próximo, para que essa faculdade seja útil e saudável.

André Luiz também alerta que o desequilíbrio emocional ou moral pode abrir brechas para a influência de espíritos perturbadores.

Reflexão Espiritual

A Mediunidade espontânea não é um privilégio nem um castigo, mas um instrumento evolutivo

O correto uso dessa capacidade requer vigilância, humildade e compromisso com o bem coletivo.

Formação da Mitologia

Neste item, André Luiz explica como a mitologia teve origem na mente humana primitiva como uma tentativa de interpretar os fenômenos naturais e espirituais que não eram compreendidos racionalmente. As primeiras civilizações, diante da limitação de conhecimento e da ausência de ciência desenvolvida, atribuíam aos deuses ou seres sobrenaturais os acontecimentos da natureza — como trovões, colheitas, secas, mortes, doenças e curas.

O espírito ressalta que essas interpretações surgiram da intuição espiritual do homem primitivo, que, mesmo inconsciente, mantinha uma conexão com o mundo espiritual. Assim, mitos e deuses nasceram como representações simbólicas de forças reais que o ser humano sentia, mas ainda não podia entender completamente.

A mitologia, portanto, foi uma etapa importante no processo evolutivo da consciência humana, funcionando como uma ponte entre a ignorância e o conhecimento, entre a goécia ou magia negra e a religião ou magia Divina. André Luiz afirma que muitos dos elementos da mitologia guardam verdades profundas, que só hoje começam a ser compreendidas à luz da doutrina espírita e da ciência espiritual.


Função da Doutrina Espírita

Diretriz para a mediunidade

A Doutrina Espírita cumpre o papel fundamental de orientar o uso da mediunidade com responsabilidade, segurança e clareza. Ela torna possíveis os contatos mediúnicos conscientes, auxiliando na autoproteção frente às influências externas, sejam positivas ou negativas.

Instrumento ético de discernimento

Por meio de seus ensinamentos morais e científicos, a doutrina permite distinguir entre influências evolutivas e obsessões. Ela ensina a rejeitar contatos prejudiciais e a seguir inspirações que promovem o progresso espiritual e moral.

Apoio à evolução espiritual

Mais do que descrever fenômenos, a Doutrina Espírita incita o crescimento interior. Seus preceitos orientam ao cultivo da virtude, da caridade e da tomada de consciência da própria jornada na trilha da reencarnação 

Proteção fluídica e psíquica

Atua como uma verdadeira armadura espiritual, fortalecendo o corpo espiritual (perispírito) e protegendo a mente contra influências externas prejudiciais. A doutrina facilita a manutenção do equilíbrio emocional e energético durante o sono ou atividades mediúnicas 

Base de transformação moral e prática

Através da compreensão dos mecanismos da mediunidade e do corpo espiritual, o espírita passa a ter consciência da responsabilidade inerente à comunicação com o mundo espiritual, valorizando a reflexão e a adaptação moral 

Síntese geral

A função central da Doutrina Espírita, nesse contexto, é servir como orientadora, protetora e esclarecedora, não apenas explicando fenômenos espirituais, mas também promovendo o desenvolvimento ético, mental e energético de seus adeptos, especialmente aqueles que trabalham com a mediunidade.

Mediunidade e vida

A mediunidade não é um fenômeno isolado, mas inerente à própria vida: cada ser possui um tipo de faculdade mediúnica, ainda que com diferentes graus de intensidade e clareza. 

Assim como não se suprimem os olhos por causa de guerra ou mal uso, ninguém deveria eliminar a mediunidade: sua existência é natural à condição humana. Ela pode trazer benefícios ou sofrimentos, conforme a forma como é utilizada. 

A mediunidade não exige seu desenvolvimento indiscriminado, mas sim um aperfeiçoamento moral e espiritual, com objetivos nobres e consciente disciplina interior. 

Quando a personalidade mediúnica se lapida e a vontade do Espírito se alinha ao trabalho moral, o corpo espiritual pode atuar como filtro leal das esferas superiores, influenciando o corpo físico de forma harmoniosa.

Para uma melhor compreensão, complementamos com conceitos já vistos anteriormente

Aura humana (radiações fluídicas que envolvem as células físicas e espirituais)

Mediunidade inicial  formas primitivas de contato mental com o espiritual)

Sono e desprendimento (quando o corpo espiritual se afasta, permitindo comunicação extrafísica)

Aspectos do desprendimento (como sonhos, visões e aprendizado intuitivo)

Mediunidade espontânea (quando ocorre de forma inconsciente, inclusive em vigília)

Formação da mitologia (como se originaram práticas e crenças ancestrais associadas ao espiritual)

Função da Doutrina Espírita (cristianiza e disciplina os fenômenos mediúnicos, incorporando a moral do Evangelho)