Alma e corpo
É de suma importância compreendermos a alienação mental a que podem estar sujeitos a maioria dos Espíritos desencarnados por um período de tempo.
Não podemos nos esquecer da importância da harmonia entre a mente e o corpo fisiopsicossomático, tanto no plano físico como no campo extrafísico.
Corpo e Alma devem se entrosar harmoniosamente para o trabalho que a vida exige.
Alma é direção, corpo é obediência. Fica claro que cada um receberá em si mesmo, aquilo que semeou, ou seja, retira de todos os setores de sua evolução, o bem ou o mal que houver lançado em suas jornadas.
Secção da medula
A Ciência moderna sabe da relação de importância entre o cérebro e o complexo celular do corpo.
O cérebro é a sede da mente, a conduta do corpo está subordinada à conduta do corpo espiritual e este subordinado à nossa vontade.
Qualquer seccionamento imposto à medula de um paciente resulta em paralisia de reflexos somáticos e viscerais, abaixo do ponto da secção.
Esta paralisia e insensibilidade ocorrem pela interrupção da conexão nervosa entre os tecidos orgânicos e o cérebro, antes estimulados pelo corpo espiritual. Um corte no fornecimento de força elétrica que alimenta vasta área do corpo.
Se este desligamento fosse completo, resultaria na desencarnação indivíduo.
O que ocorre porém, é que combinações fluídicas sutis permanecem ativas entre as células físicas como também nas células espirituais, em caráter emergencial.
Isto explica o porque de pacientes amputados sentirem ainda assim dor em partes do corpo que sofreram amputação.
Na verdade os fluídos espirituais permanecem estimulando a rede nervosa simpática acima do ponto da secção.
Recuperação dos reflexos
Estes ajustes intrínsecos entre alma e corpo promovem a recuperação gradual dos reflexos.
Em condições muito especiais estes reflexos ressurgem após 24 horas.
Embora alguns reflexos como o anal e o cremasteriano não sejam perdidos, o sinal de Babinski. também acompanhados por contração dos músculos do joelho denunciam a violação do feixe piramidal denotando a ruptura da ligação das células espirituais em relação as estruturas nervosas do corpo físico. Há algo como um curto-circuito de caráter elétrico no sistema de condução desses estímulos.
Com um passar de tempo variável em cada caso, lentamente as células do corpo espiritual voltam tanto quanto possível a impor sua energia no corpo físico.
Importância da encefalização
Nos animais com sistema nervoso mais complexo esta interrupção dos reflexos perduram mais.
Nos batráquios a ausência de reflexos perdura apenas alguns minutos,
Nos gatos a diminuição da atividade vital é maior, nos cães ainda mais.
No chimpanzé demanda vários dias. Nos humanos em torno de sais semanas.
Como ilustração citamos a recuperação dos reflexos de extensão cruzada.
Vários experimentos demonstram que o corpo espiritual preside todas as atividades nervosas na relação como corpo físico.
Fica patente esta atividade e sua complexidade quando um maior número de neurônios é requisitada para certas atividades, bem como nos chamados reflexos inconscientes quando são utilizados um maior número de neurônios internunciais.
Descorticação animal
Nos experimentos realizados fica claro que a relação mente-corpo se torna mais profunda na medida da complexidade do sistema nervoso.
Quanto mais simples o sistema nervoso menores as interferências no sistema reflexo.
Neste sentido, vemos as diferenças de peixes, batráquios para as aves, que sofrem modificações significativas no seu sistema reflexo, mostrando inclusive diferenças de comportamento na luz ou em ambientes escuros.
Os cães podem sobreviver além de um ano com motilidade reflexa aparentemente normal, porém apresenta alterações de comportamento e necessitando de estímulos para algumas atividades e agitação e descontrole em outras ocasiões.
Em chimpanzés, animais que possuem encefalização mais complexa, a sobrevida é menor após a descorticação a exemplo do que acontece com os seres humanos.
Não podemos nos esquecer das pessoas mutiladas que seguem sentindo integrados em seus corpos os membros que foram mutilados.
Sincronia de estímulos
Enquanto o córtex encefálico é responsável pelos núcleos reguladores dos sentidos, movimentos, reflexos e todas as manifestações nervosas do indivíduo encarnado, seu correspondente no corpo espiritual (psicossoma) e ao centro coronário localizado no diencéfalo. Através deles se manifesta o Espírito no campo mental, de forma harmônica ou desequilibrada, com repercussão nos Planos Físico e Espiritual.
Já no diencéfalo (tálamo e hipotálamo) além das mesmas manifestações do córtex são acrescidos os atributos enriquecedores ao campo sensorial, tais como a reflexão, a atenção, a análise , estudo, meditação, discernimento, memória críptica, compreensão, virtudes morais e fixações emocionais.
Ao recebermos questionamentos e trabalho através do centro coronário conjugado ao centro cerebral, nossa força mental responde , e coloca a nossa consciência a julgar os reflexos de
nossas ações e reações, e a análise quanto aos acertos ou desacertos de nossas escolhas em todas as situações que estamos experimentando.
Todas os bloqueios a que estamos sujeitos no corpo físico terão igualmente reflexos no corpo espiritual a se manifestar no indivíduo desencarnado.
Mecanismo do monoideísmo
O monoideísmo é a fixação da mente em um pensamento dominante, que pode ser uma ideia, uma emoção ou um desejo intenso.
Quando o espírito, após a morte do corpo físico, permanece concentrado exclusivamente em determinada emoção (como vingança, culpa, ódio, apego, ou paixão), ele entra num estado de desequilíbrio psíquico, perdendo contato com a realidade espiritual mais amplEsse estado pode levá-lo a zonas umbralinas, onde a mente cria imagens e ambientes compatíveis com sua fixação mental.
Em casos extremos, esse monoideísmo pode resultar em quadro de perturbação, semelhante a estados de loucura ou hipnose profundaA mente, em monoideísmo, alimenta-se da própria criação psíquica, intensificando o ciclo obsessivo.
O monoideísmo também pode afetar encarnados, levando a obsessões, ideias fixas ou desequilíbrios mentais persistentes.
A libertação dessa condição exige, geralmente, auxílio espiritual, reeducação mental, oração, amor e trabalho no bem, promovendo a mudança do foco mental para ideias construtivas.
Zonas purgatoriais
Estado energético da alma
Quando os núcleos energéticos da alma responsáveis por alegria, elevação e entendimento são obliterados, a mente desencarnada se precipita em remorso e arrependimento crônico. Esse sofrimento torna-se automático, alimentado por culpa intensa e persistente.
Criação das próprias zonas de expiação mental
O espírito, através de ciclos repetitivos de pensamento monoidéico (pensamentos fixos em culpa), cria “telas fluídicas” ou paisagens mentais de sofrimento, onde revive suas ações negativas continuamente. Esse ambiente pode durar por prazos longos ou até que haja intervenção espiritual.
Espíritos em sofrimento intenso
Especialmente no caso de suicidas e delinquentes graves, tais espíritos são prisioneiros de suas próprias criações mentais, afundando em dor, angústia e isolamento. São mantidos nesses “continentes de angústia” até que o raciocínio equilibrado e o arrependimento propiciem sua readmissão ao trabalho redentor.
Finalidade evolutiva e redenção
As zonas purgatoriais não são eternas. Sua função é expiar o fruto amargo das próprias obras até que os resíduos das culpas sejam esgotados ou ocorra intervenção caridosa divina que prepara o espírito para nova reencarnação — retomando o aprendizado prático das lições falhadas.