Evolução morfológica e moral
Morfologia e moralidade agora andam praticamente juntas. Todo o conjunto físico apresentava sinais de refinamento importantíssimos. O crânio passa a comportar um cérebro cada vez mais complexo e com maior volume. O tato e todos os sentidos bem como todo aparato esquelético o faz melhorar em performance, percepção e sensibilidade. Em pé, já pode percorrer distâncias maiores em busca de alimentos ou ambientes menos hostis.
Compelido a exercer a responsabilidade, distanciado da influência mais direta dos Benfeitores Espirituais, busca esta mesma espiritualidade de diversas formas.
Com o exercício mais frequente da mentalização, desprende-se do corpo físico, durante o sono com mais facilidade e conecta-se com as orientações superiores.
Agigantado pelo amor, diferencia-se dos demais animais com quem dividia espaços, e passa a ver a
própria existência com outros olhos.
Noção de direito
Uma vez mais o egoísmo é utilizado de forma positiva quando ele procura manter-se domínio do seu território e proteção de seus descendentes. Percebendo então os seus semelhantes praticando o mesmo que ele e, portanto, com os mesmos sentimentos e direitos dele, desiste da posse do que não lhe pertence dando ensejo ao surgimento das primeiras noções do direito.
Consciência desperta
A noção de sua presença no planeta ganha novos aspectos. Pensa ele agora em permanecer mais fixo nas moradias, até como consequência da questão da posse.
Por outro lado, crescendo em consciência cresce o seu contato com o Plano Espiritual que o faz ampliar sua visão sob o prisma da lei de Ação e Reação, ou seja, seu cabedal moral cresce na medida em que cresce sua responsabilidade e consciência de não fazer aos outros o que não quer para si.
Amplia-se também sua "noção do espiritual" como resultado das repetidas experiências acumuladas nas reencarnações e nos períodos de preparação no plano espiritual.
A larva e a criança
Neste ítem André Luiz faz uma comparação entre o nascimento e desenvolvimento de insetos de metamorfose integral e suas fases e o homem, desde o seu nascimento, suas fases da vida e sua transferência para o mundo espiritual por ocasião do seu desencarne.
Mostra como um e outro dependem da matéria para o seu desenvolvimento físico.
Metamorfose do inseto
O inseto passa por diversas transformações até chegar à fase adulta, modificando-se de vez na fase de pupa. Durante este período de transformação vai diminuindo gradativamente sua atividade e para de se alimentar permanecendo assim inativa por período de tempo variável.
Em processo de despojamento das vestes físicas feita de forma lenta, (processo natural e não interrompido de forma abrupta), o inseto enovelado em em fios por ele mesmo produzidos, fixando-se ao solo ou a alguma planta sofre o processo de histólise de seus orgãos, tecidos e celulas, com estas ultimas involuindo e perdendo sua especialização. Simultaneamente, pela histogênese, estas mesmas celulas e tecidos sofrem metamorfose , ate que todo este processo de transformaçao ocorra, culminado com a eclosão do inseto transformado: a borboleta.
Histogênese espiritual
A criatura humana, desde a infância ate a fase adulta, apesar das etapas de renovação interior, não modifica a sua forma exterior, o que só ocorre de forma acentuada por ocasião da velhice e ou de doença.
Neste período a morte celular afeta diretamente o corpo espiritual, principalmente os músculos e o aparelho digestório. Desta forma, perdendo em parte suas funções especializadas, as células perdem- temporariamente, suas funções mais especializadas, para atenderem as necessidades do corpo espiritual que atua intensamente através do pensamento.
Deste modo, o homem sofre um declínio nas suas atividades fisiológicas e envelhecimento celular , permanecendo neste período a maior parte do tempo deitado.Já não se alimenta normalmente e aos poucos, num processo de cadaverização, vai neste período"enovelando-se nos fios " das energias tecidas pelo seu próprio pensamento, onde revela-se toda a sua trajetória na encarnação que esta prestes a findar-se, impressionando com mais força o seu perispírito, finalizando desta forma a preparação de sua matriz para o mundo espiritual que o aguarda.
Desencarnação do Espírito
Assim , "completamente" desencarnado, o espírito abandona o corpo de carne de que se serviu até então. Durante esta fase demonstra-se fundamental o teor dos pensamentos no qual enovelou-se neste derradeiro período de encarnado, reflexo de todo o conteúdo de seu comportamento em vida, fator fundamental no peso específico então adquirido pelo seu novo veículo de manifestação: o perispírito. Cabe aqui um detalhamento no que diz respeito à questão da alimentação. O aparelho bucal permanece inalterado no perispirito, porém, novos elementos se estabelecem para atender as necessidades alimentares mais fluídicas agora. Na realidade, estes dispositivos, radículas, antenas ou trompas , também existem nos veículos de manifestação material, identificáveis na aura, e são responsáveis pela assimilação ou repulsão de todo o tipo de emanação energética do mundo material.
Continuação da existência
Desta forma não ocorre a perda da personalidade, de encarnado à desencarnado, mesmo após a metamorfose imposta pela morte física.
Fica patente, assim o princípio da colheita segundo a semeadura. O que se planta no corpo físico, colhe-se no perispírito em peso ou em leveza segundo o conteúdo moral acumulado.