- Que princípios regem a apresentação dos Espíritos desencarnados aos médiuns humanos?
Princípios que regem essa apresentação:
Vibração e sintonia:
A forma como o Espírito se apresenta está diretamente relacionada ao seu padrão vibratório e ao nível evolutivo do médium. A sintonia entre ambos determina a clareza e fidelidade da imagem percebida.
Pensamento como modelador da forma:
No plano espiritual, o pensamento tem força plástica. O Espírito, através do poder mental, modela a própria forma perispiritual, podendo, conscientemente ou não, assumir feições que já teve em encarnações anteriores ou que deseja projetar.
Perispírito como agente intermediário:
O perispírito age como um veículo plástico, que responde ao comando mental do Espírito e às condições do ambiente mediúnico. Ele capta as impressões mentais e pode apresentar aspectos deformados ou embelezados, conforme o estado íntimo do comunicante.
Influência do ambiente e dos médiuns:
As características da manifestação também dependem da ambiência fluídica do local, da preparação dos médiuns, e do grau de pureza moral e mental dos participantes da reunião. Um grupo elevado facilita manifestações mais lúcidas e fiéis.
Auxílio dos benfeitores espirituais:
Em muitas comunicações, especialmente nas que exigem maior clareza ou precisão, os Espíritos superiores auxiliam na modelagem e fixação da forma perispiritual, permitindo que a aparência do comunicante seja ajustada conforme o objetivo da comunicação.
Possibilidades e limitações do médium:
A faculdade mediúnica do vidente, seus centros vitais e seu campo mental determinam o quanto ele é capaz de perceber da forma do Espírito. Um médium mais sensível ou mais treinado poderá captar imagens mais nítidas ou realistas.
Conclusão
A apresentação dos Espíritos desencarnados aos médiuns não ocorre de forma automática nem aleatória. Ela é regida por leis de afinidade vibratória, poder mental, plasticidade do perispírito e condições do ambiente mediúnico, sendo também influenciada pela intervenção dos Espíritos superiores e pelas faculdades dos médiuns envolvidos.
- Como interpretarmos a existência de roupas, calçados e peças protéticas nas entidades desencarnadas se tais petrechos são inanimados, não sendo dirigidos de modo direto pela mente?
No plano espiritual, os objetos como roupas, calçados e até mesmo próteses não são materiais nos moldes da matéria densa terrestre, mas formas plasmadas ou condensadas da substância mental. Esses itens existem porque o Espírito, agindo com o poder de sua mente sobre o fluido espiritual (ou “matéria mental”), exterioriza imagens, formas e necessidades, materializando-as conforme seu grau de evolução, hábitos e desejos.
A mente é criadora e modeladora.
Assim, o desencarnado, mesmo inconscientemente, plasma roupas e utensílios condizentes com seus costumes terrenos. Um Espírito que, em vida, usava determinado vestuário ou prótese, tende a mantê-los pela força da memória e do apego mental, até que reestruture sua consciência espiritual.
Objetos são prolongamentos psíquicos.
Esses petrechos, ainda que inanimados no plano físico, funcionam como “prolongamentos” do pensamento e da personalidade do Espírito no plano extrafísico. Eles expressam o estado íntimo da alma, assim como as roupas terrestres revelam identidade, cultura ou necessidades.
Transformação conforme evolução.
À medida que o Espírito se depura e se liberta dos vínculos materiais, essas criações mentais desaparecem ou se tornam mais sutis, sendo substituídas por manifestações mais elevadas de luz, harmonia e consciência.
Conclusão
A existência de roupas, calçados ou próteses nos desencarnados não representa contradição, mas sim a manifestação do poder mental sobre a matéria sutil. O Espírito, ainda preso a formas e impressões terrenas, plasma seu ambiente e seus acessórios conforme sua bagagem psíquica e seu grau evolutivo.
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