- Reconhecendo que os crimes do aborto provocado criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidos da justiça humana?
Apesar de muitas vezes escapar à justiça dos homens, o aborto voluntário configura grave infração diante da Lei de Deus, por interromper um processo reencarnatório cuidadosamente planejado pelos Espíritos Superiores.
A maioria dos abortos criminosos, conforme o autor espiritual, ocorre nos meios mais esclarecidos e responsáveis da sociedade — justamente onde deveria haver maior consciência moral. No entanto, esses crimes passam despercebidos pelas leis humanas por diversos fatores, como o sigilo, a impunidade ou mesmo a legalização em certas circunstâncias.
Contudo, a Justiça Divina não se equivoca: o Espírito envolvido nessa infração, seja ele o agente direto (como a mãe ou o profissional que realiza o aborto) ou indireto (como o pai ou cúmplices), será naturalmente chamado a responder no tempo devido. O trabalho expiatório se dá, muitas vezes, de forma silenciosa, através de experiências dolorosas e educativas em futuras reencarnações.
Tais expiações podem surgir sob a forma de:
-
esterilidade involuntária;
-
dificuldades ou frustrações na maternidade ou paternidade;
-
reencarnações com graves problemas físicos ou psíquicos;
-
convivência com o Espírito abortado em condições difíceis, como filhos com deficiência, inimigos familiares ou obsessões persistentes.
Essas provações, invisíveis à justiça humana, são cuidadosamente ajustadas pela Lei de Causa e Efeito, garantindo à criatura a oportunidade de reparação e reajuste com a consciência e com as Leis Universais.
Em resposta à pergunta:
Embora o aborto criminoso quase sempre passe despercebido pela justiça humana, a Justiça Divina atua infalivelmente, determinando processos expiatórios adequados a cada caso. A reparação se efetiva por meio de provas dolorosas, que surgem na vida futura como experiências regenerativas, proporcionando aprendizado, arrependimento e reequilíbrio do Espírito em dívida com a lei da vida.
- Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece na atualidade com dívidas do aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhora moral, antes que a próxima existência lhe imponha aflições regenerativas?
Neste capítulo, André Luiz aprofunda a análise espiritual da gravidez e do aborto, ressaltando que a maternidade é missão elevada e que a gestação representa uma bênção redentora concedida pela espiritualidade superior. O Espírito evidencia que a gravidez é uma oportunidade sagrada de reajuste, resgate e serviço à vida, seja em condições favoráveis ou difíceis.
O aborto provocado é tratado como grave infração às leis divinas, por representar uma negação consciente ao processo reencarnatório de um espírito, interrompendo-lhe as possibilidades de progresso e resgate. A mulher que pratica o aborto consciente torna-se devedora perante a própria consciência e a Lei divina, assumindo compromissos que, mais tarde, surgirão como dores regenerativas, tanto no corpo físico quanto no campo emocional e espiritual.
A mulher que reconhece o erro do aborto provocado e deseja se regenerar deve iniciar desde já um trabalho ativo de melhoria moral, buscando:
-
O arrependimento sincero, compreendendo a gravidade da falta perante as Leis Divinas e assumindo a responsabilidade por seus atos;
-
A reparação indireta, por meio de ações no bem: acolhimento e orientação de outras gestantes, auxílio a crianças desamparadas, serviço voluntário em instituições ligadas à maternidade ou à infância;
-
A vivência do amor e do respeito à vida, transformando sua experiência passada em motivação para proteger e valorizar a existência humana em todas as formas;
-
O cultivo da maternidade espiritual, amparando e educando moralmente outras almas, mesmo que não venha a ter novos filhos biológicos;
-
A oração e o esforço contínuo de elevação espiritual, buscando o equilíbrio interior, o perdão próprio e a reconciliação com a vida.
Essas atitudes representam um resgate consciente e regenerador, que suaviza o sofrimento futuro, reverte débitos passados e favorece uma próxima existência mais harmoniosa e menos aflitiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário