- Como apreendermos a existência das predisposições mórbidas do corpo espiritual?
O corpo espiritual (perispírito) registra impressões e consequências dos atos morais e emocionais do espírito ao longo de suas reencarnações. Esse corpo sutil, sendo um modelo organizador biológico, armazena predisposições mórbidas, que são tendências a determinadas doenças e desequilíbrios, resultantes de:
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Atitudes mentais persistentes (ódio, culpa, remorso, ciúme, etc.);
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Condutas destrutivas (vícios, excessos, crueldade);
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Débitos cármicos provocados por abusos contra a própria saúde ou a de outros.
Essas predisposições permanecem latentes no corpo espiritual e se projetam sobre o corpo físico na reencarnação, condicionando o organismo a determinadas fragilidades ou enfermidades desde o nascimento ou ao longo da existência.
Portanto, apreendemos essas predisposições mórbidas pela análise dos efeitos atuais das doenças no corpo físico e pela compreensão espiritual da história evolutiva do ser, reconhecendo que o corpo espiritual funciona como espelho das experiências do espírito e instrumento de reajuste e aprendizado.
- Como pode o débil mental comandar a renovação celular do seu corpo físico?
Embora o cérebro físico esteja comprometido ou limitado em suas funções superiores, o espírito reencarnado continua lúcido em níveis mais profundos, especialmente no perispírito. O perispírito (ou corpo espiritual), sendo o intermediário entre o espírito e o corpo, mantém o comando da organização celular, funcionando como molde e centro de irradiação das ordens espirituais para a matéria.
Assim, mesmo quando a mente consciente encarnada apresenta graves deficiências, o espírito – em sua realidade profunda e superior – continua ativo, operando nos bastidores da consciência encarnada. Ele dirige, através do centro coronário e outros centros vitais, os processos automáticos de reposição celular, metabolismo, e manutenção dos órgãos, utilizando-se da herança genética e do automatismo biológico estabelecido antes da encarnação.
Portanto, a renovação celular do corpo de um débil mental não depende da consciência intelectual da personalidade encarnada, mas sim da ação contínua do espírito imortal, que, mesmo temporariamente limitado, prossegue em sua atuação silenciosa sobre o organismo físico.
- Existem "parasitas ovóides" vampirizando desencarnados?
Degeneração psíquica e forma ovóide:
Espíritos que mergulham em longos estados de desequilíbrio mental e moral podem sofrer um processo involutivo, perdendo gradualmente a forma perispiritual humana.
Ao invés de se regenerarem, regridem para uma forma ovóide, reduzida, densa e embrutecida, como reflexo do colapso de suas energias mentais. Vampirização entre desencarnados:
Esses seres ovóides, muitas vezes movidos por ódio, apego ou desejo de dominação, se fixam no perispírito de outros espíritos desencarnados, formando uma simbiose obsessiva e destrutiva.
Em certos casos, conseguem perturbar profundamente o outro espírito, drenando-lhe energia vital e intensificando seu sofrimento.
Vampirismo em encarnados:
Embora o capítulo destaque a atuação entre desencarnados, André Luiz menciona que ovóides também se fixam em encarnados, prejudicando seu campo vital, causando distúrbios físicos e mentais.
Consequências espirituais:
O espírito ovóide se encontra num estado de extrema alienação, necessitando de tratamento especializado em regiões umbralinas ou colônias espirituais dedicadas à reabilitação.
A libertação desse estado exige intervenção de benfeitores espirituais, além de tempo, esforço e transformação interior do próprio espírito.
Conclusão:
Sim, existem parasitas ovóides que vampirizam tanto desencarnados quanto encarnados. Esses processos revelam as profundezas do desequilíbrio espiritual e os riscos de prolongadas condutas de ódio, culpa ou apego. O capítulo é um alerta sobre a importância da vigilância mental e da reforma íntima, mesmo após a morte do corpo físico.
- Como entendermos o mecanismo de atuação da Justiça Superior nos casos de endemias rurais, em que populações inteiras são assoladas periodicamente pelas mesmas doenças?
As endemias não ocorrem por acaso nem são fruto exclusivo de fatores materiais, como condições climáticas, sanitárias ou geográficas. Elas também estão relacionadas a mecanismos de reajuste coletivo aplicados pela Justiça Divina, como parte do processo evolutivo das almas.
Essas doenças reincidentes que afetam populações inteiras são resultados cármicos coletivos, isto é, consequências de ações passadas de grupos espirituais que retornam à Terra para reajustar-se perante a Lei de Causa e Efeito. Os grupos de Espíritos reencarnam em certas regiões para, em conjunto, enfrentarem as consequências dos desequilíbrios que causaram em vidas anteriores — como o abuso do poder, da saúde, da natureza ou a negligência para com o próximo.
Esses flagelos biológicos são, portanto, instrumentos educativos da Justiça Superior, que atua com misericórdia e sabedoria, proporcionando experiências de dor com finalidades regenerativas, e não punitivas. Cada Espírito é atraído para determinada região e circunstância de acordo com seu histórico espiritual e necessidade de aprendizado.
Assim, devemos compreender que a Justiça Superior opera por meio da Lei de Causa e Efeito, respeitando o livre-arbítrio e a responsabilidade individual e coletiva. Nos casos de endemias rurais, populações inteiras reencarnam em determinadas áreas como parte de processos coletivos de resgate e reajuste espiritual. A repetição das doenças serve como oportunidade de:
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reeducação moral e espiritual;
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desenvolvimento da solidariedade, ciência e medicina;
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e transformação interior da comunidade atingida.
Essas ocorrências, longe de serem punições arbitrárias, são mecanismos pedagógicos da vida, auxiliando no progresso de Espíritos comprometidos com faltas pretéritas, dentro da lógica maior da evolução.
- No estado comatoso, onde se encontra o psicossoma do enfermo? Junto ao corpo físico ou afastado dele?
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